quarta-feira, 27 de junho de 2007

Marsheaux - "Peek a boo"


Os fans de Client e Ladytron, vão gostar desta dupla certamente. Marsheaux são uma dupla feminina de eletropop. As duas meninas juntaram-se em Atenas em 2000 e em 2003 constituíram as Marsheaux a fim expressar o seu amor pelo electropop dos 80's e pelos sons dos sintetizadores e das caixas de ritmos. O problema de nomear a banda foi resolvido facilmente combinando as primeiras sílabas de seus nomes, MARIANTHI e SOPHIE. Recentemente a Out Of Line re-lançou o segundo álbum das Marsheaux, "Peek a boo", juntamente com primeiro álbum, "e-bay Queen". "Peek a boo" foi editado pela editora grega Undo Records ha poucos meses num digipack que inclui um saco violeta com dois buracos para se usar como mascara como se pode ver no vídeo) sendo mesmo já considerado como um dos melhores lançamentos de 2007 pela Music Non Stop.


Marsheaux - Hanging On


www.marsheaux.com
www.myspace.com/marsheaux

terça-feira, 26 de junho de 2007

Roisin Murphy - Overpowered


Roisin Murphy está de volta, a sensual voz dos Moloko, edita a 9 de Julho o seu novo single (estando deste dia 2 do mesmo mês disponível na net). Depois do álbum "Ruby Blue", de 2005, que passou um pouco despercebido, onde podíamos encontrar o interessante single "Sow Intro You", um bom tema, o melhor do álbum sem dúvida, que não sendo mau não é nada do que estávamos habituados nos Moloko, grandes álbuns. "Overpowered", com um início que soa a Björk, é o primeiro tema a ser retirado do novo álbum a solo, a sair em Outubro próximo. Este tema, electro-pop, transportanos para os belos tempos dos Moloko e deixa-nos curiosos para escutar este novo álbum. Neste tema apercebemo-nos que Roisin está mais electrónica e menos instrumental que em "Ruby Blue", como já tinha dito mais próxima da sonoridade dos Moloko. "Overpowered" cresce exponencialmente à medida que ouvimos tornando-se viciante.




Roisin Murphy - Overpowered Vídeo



www.
roisinmurphy.com
www.myspace.com/roisinmurphy


segunda-feira, 25 de junho de 2007

Shir Khan - Música sem restrições


O alemão Shir Khan enquadra-se perfeitamente no movimento maximalista que tenho vindo a percorrer, recusa-se a aderir a restrições de musica artificial e está constantemente à procura de maneiras frescas e inovadoras de cruzar linhas entre géneros. Dj Shir Khan luta para evitar estereótipos na sua música e defende uma Boom seleção-filosofia dizendo: “Não coloco qualquer restrição na minha música. Toco todos os géneros.” É dono de álbuns que ninguém tem e passa músicas antes que qualquer pessoa dizer que estão na moda. Como se pode descrever o estilo de Shir Khans Dj? Bem – no momento ele passa uma mistura de pontapés no rabo, rock electrónico , acid disco, hip-hop, mash-ups, punk funk and booty bass! – A mistura de tudo com uma sensação de humor e lixo – música pop desconstrutiva no geral e uma combinação variadíssima de géneros. Pode-se chamar estilo hopping: misturar o velho com o novo, o bom com o mau... trazendo-o a um novo nível, mas sempre num modo de club – 100% electro-groove-shit. Em casa, Shir khan também faz algumas remisturas híbridas, destaco o remixe de "Office Boy" dos Bonde do Rolê, para mim o melhor remixe deste tema, e também o "Washing Up" de M.I.A. podem conferir no myspace do autor.



www.dj-shirkhan.de
www.myspace.com/djshirkhan

Maximalismo - Surkin


Surkin é mais um francês da corrente maximalista. Clube, house, electro definem a sua música que provoca o delírio nas pistas de dança. Da sua lista de remixes contam nomes como: Boys Noize - Don't Believe the Hype; Chromeo - Fancy Footwork; DJ Mehdi - Lucky Boy ; Goose - Low mode; Justine Electra - Killalady; Kate Wax - Catch the Buzz; Klaxons - Golden Skans; Para One - Midnight Swim; Paul Johnson - Hot Caliente; Spencer Parker - Open Your Eyes; Teki Latex - Les Matins de Paris ft Lio; Yuksek - Composer. Mais um nome a ter em conta.

quinta-feira, 21 de junho de 2007

Dia da Música

Hoje comemora-se o Dia da Música por isso se tiver um concerto por perto vá comemorar.
Para comemorar este dia a FNAC lançou um ciclo temático o qual intitulou de a Festa da Música, passem pelo site e participem no fórum de discussão sobre os variados temas relacionados com a actualidade musical, podem encontrar tópicos iniciados por Adolfo Luxúria Canibal (Mão Morta), Pac-Man (Da Weasel), Rui Reininho (GNR), Jonh Gonçalves (The Gift), Miguel Guedes (Blind Zero) e Nuno Galopim (DN) entre outras figuras do meio musical, podem também ler o manifesto pela diversidade musical, e ouvir os temas da compilação "Novos Talentos FNAC 2007" lançada recentemente também para os festeijos do dia da música. Uma compilação com 17 temas de Mazgani, Sizo, Rita Redshoes, Norberto Lobo, Cacique'97, DJ Ride, Freddy Locks, Macacos do Chinês, Riding Pânico, Stereoboy, Sean RileyThe Slowriders, Ana Free, Tetterapadequ, Deolinda, Rita Braga, Marco Franco e Lobster. A escolha é de Henrique Amaro (Antena 3) e Jorge Guerra e Paz (FNAC). Custa apenas 3 €, revertendo todas as receitas para a AMI (combate à info-exclusão).
Passem pelo site, vale a pena.

quarta-feira, 20 de junho de 2007

Festival Dance Station com Air, Tiga e Chemical Brothers

Desmistificou-se o evento que dava como certa a vinda de algum nome sonates da música electrónica, numa nova forma de dar concertos. Dance Station é o nome do evento marcado para o próximo dia 12 de Julho, em Lisboa. Tiga, Chemical Brothers, Simian Mobile Disco, Fischerspooner, Junior Boys, Air e Digitalism são alguns dos nomes confirmados para esta data. Os espectáculos ocorrem na Estação do Rossio e no Coliseu dos Recreios. A intenção da organização é congregar «duas paragens separadas pelo propósito, [mas] sempre unidas pelo conceito de viagem - física no caso da Estação do Rossio, espiritual no que toca ao Coliseu dos Recreios». Sem sombra para dúvidas, um conceito inovador e aplicando a máxima da promotora "numa só noite, duas paragens".

O cartaz é o seguinte:


Estação do Rossio
(portas abrem às 18h00)

Tiga (DJ set)
The Chemical Brothers

Justin Robertson (DJ set)

Erol Alkan (DJ set)

D.I.M.

Proxy

Jori Hulkonnen (DJ set)


Coliseu dos Recreios
(portas abrem às 19h00)

Simian Mobile Disco
Fischerspooner

Junior Boys

Air

Digitalism

Os bilhetes estão disponíveis nas seguintes modalidades:


Estação do Rossio + Coliseu (edição limitada de 2000 bilhetes, permite entrada e saída de ambos os recintos, a qualquer momento) - €39,00

Estação do Rossio - €35,00


Coliseu dos Recreios - €30,00

Maximalismo - Para One


Para One é o músico e produtor francês Jean-Baptiste de Laubier, de 27 anos. Inicialmente ligado ao hip hop, na banda TTC, e à realização de curtas-metragens experimentais, Para One evoluiu para as sonoridades electro/techno depois da sua música ter começado a fazer parte dos sets de DJs prestigiados e ser solicitado para fazer remixes para a pista de dança. No seu álbum de estreia ‘Epiphanie’, editado no verão passado, Para One apresenta 14 temas explosivos que oscilam entre a electrónica subtil e refinada e os ritmos eficazes e radicais dirigidos à pista de dança. São sons de adesão imediata que orbitam pelo house/electro funk/techno/hip hop. Uma estreia prodigiosa, multicolorida e rica em ideias para aquela que foi, uma das grandes revelações do ano. "L’un des albums les plus libres et puissants de l’année." - Les Inrockuptibles


Para One - Dudun-dun


www.paraone.fr
www.myspace.com/paraone

Maximalismo - SebastiAn


O francês SebastiAn, é mais um grande nome do electro, e pertence tal como Justice ao catálogo da Ed Banger Records, em 2005 editou os seus dois primeiros registos, dois singles, intitulados "Smoking Kills(?)" e "H.A.L.". SebastiAn tem uma larga lista de remixes, da qual passo a destacar algumas músicas por ele remisturadas: "Human After All" dos Daft Punk, "Bossy" de Kelis; "Paris Four Hundred" de Mylo; Get Myself Into It" dos The Rapture; "Camera" dos Editors; "Golden Skans" dos Klaxons e "I Still Remember" dos Bloc Party; entre outras. No verão do anos passado editou o Ep "Ross Ross Ross". Este ano SebastiAn terminou a banda sonora para a película de Quentin Dupeiux (Sr. Oizo), Steak, com Oizo e Sebastian Tellier.

www.
edbangerrecords.com
www.myspace.com/0sebastian0

domingo, 17 de junho de 2007

Maximalismo - Boys Noize


Não se deixem enganar pelo plural de “Boys”. Alex Ridha, 25 anos, é apenas um homem e é auto-suficiente. Ninguém, contudo, sabe dizer de onde vem a parte "Noize". Alex Ridha desorganizou uma mistura de skinny techno e bloodshot rock com um pé na pista das discos dos anos 90. Depeche Mode, Tiga, Bloc Party e the Kaiser Chiefs têm permitido que ele – com um certo prazer masoquista – dê pontapés na música com batidas agressivas. Em 2005 fundou Boys Noize Records, que já nos deu onze faixas de delicioso e excessivo disco-rock. Boys Noize tem como imagem de marca um crânio adornado de espelhos como se de uma "disco ball" se trata-se e está-nos a dar de volta o que nós temos desejado para as pistas de dança: a hipótese de dançar ebriamente até as nossas ancas não aguentarem mais. Boys Noize tem remisturado faixas para Tiga, Para One, Feist, Kreeps e Depeche Mode, assim como populares remisturas do British indie anthems "Banquet" by Bloc Party e "Everyday I Love You Less and Less" dos Kaiser Chiefs. Alex Ridha também lançou EPs com os nomes 909d1sco e Kid Alex. O primeiro album Boys Noize's, "Oi Oi oi", sairá em Setembro. O primeiro single do álbum chmar-se-á "Don't Believe The Hype", conta com duas remisturas de Surkin.


Boys Noize - Live at
The Mezzanine



www.boysnoize.com
www.myspace.com/boysnoizemusic

sábado, 16 de junho de 2007

Maximalismo - MSTRKRFT


Os MSTRKRFT – leia-se Master Kraft – são definitivamente um dos maiores nomes dentro do exponencial movimento maximal, confesso que são dos que mais me fazem vibrar. A dupla de Toronto foi formada em 2005 por Jesse F. Keeler, antigo elemento dos Death From Above 1979, e por Al-P (Alex Puodziukas), produtor da antiga banda de Jesse e também antigo elemento do grupo de electropop Girlsareshort. Os MSTRKRFT lançaram o seu nome realmente, na cena electrónica, um ano depois de seu início, com seu primeiro single “Easy Love”. A música, com batida sexy e ritmo acelerado, ganhou logo destaque em diversos canais televisivos de música e no YouTube. No vídeo, várias executivas aparecem numa espécie de consultório dentário, enquanto esperam bebem batido de morango até que, de repente, dexe uma bola de espelhos no meio do consultório e a bebida começa a pingar do tecto para a boca das executivas. O segundo single do MSTRKFRT foi “Work On You” que, por sua vez, tem um vídeo futurista com robôs animados e semelhantes aos cartoons clássicos do Transformers. Tanto “ Easy Love” como “Work On You” fazem parte de “The Looks”, álbum debut da dupla lançado no ano passado após os singles e uma série de remixes de sucesso para artistas como Wolfmother, The Gossip, Bloc Party e All Saints The Kills. A banda trabalha agora no segundo disco, Al-P comentou as novas influências na sonoridade "Pesado, disco underground e muito house com pitadas de rock americano". Bem fiquem com o single “Easy Love” que eu agora tenho uma consulta no dentista.



www.mstrkrft.com
www.myspace.com/mstrkrft

quinta-feira, 14 de junho de 2007

Vilar de Mouros - Cancelado

A edição deste ano do festival de Vilar de Mouros, que deveria acontecer entre 20 e 22 de Julho, foi cancelada. A organização, a cargo da Portoeventos, responsabiliza a Câmara de Caminha pela falta de apoios e conta voltar a realizar o festival já em 2008.
O Woodstock português não o vai ser, portanto, este ano!

Filipe Guimarães, da Portoeventos, disse ao Público que a decisão foi tomada em conjunto pela concessionária do festival e pela Junta de Freguesia de Vilar de Mouros (CDU), após a sistemática falta de resposta da Câmara de Caminha (PSD) ao pedido de apoio feito ainda em 2006. «Desde Dezembro do ano passado que a Câmara de Caminha não dá resposta às cartas registadas que lhes enviamos», disse o representante da Portoeventos. Filipe Guimarães referiu, contudo, que é objectivo da organização e da Junta de Freguesia de Vilar de Mouros retomar o festival já no próximo ano, renegociando algumas das condições contratuais. De acordo com o Público, as divergências entre a Câmara de Caminha, presidida desde 2001 por Júlia Paula, e a Junta de Freguesia de Vilar de Mouros, liderada desde 1989 pelo comunista Carlos Alves, começaram em 2003, devido ao traçado da auto-estrada A28. Em 2005, as divergências entre as duas autarquias agudizaram-se, com a Câmara de Caminha a mostrar desagrado por ter ficado de fora do protocolo assinado em Dezembro do ano anterior entre a Junta de Freguesia e a Portoeventos para a concessão dos festivais de Vilar de Mouros até 2010. No ano passado, a Câmara de Caminha não deu sequer destaque no seu sítio à edição comemorativa dos 35 anos do Festival de Vilar de Mouros, apesar de o ter considerado um «evento importante do calendário de animação turística e cultural do concelho» Vilar de mouros foi o primeiro festival a ser realizado em Portugal.

Em 1971, ainda em tempos de ditadura e de censura. Trouxe até nós nomes como Elton John, U2, Pretenders, Sonic Youth,Neil Young,Public Enemy, Bob Dylan ou Peter Murphy. Para este ano estavam já agendados nomes como Brian Wilson ou Marky Ramone. É pena!!

Maximalismo - Simian Mobile Disco


Mais um grande nome anunciado para o evento "fantasma". Os britânicos Simian Mobile Disco vêm a Lisboa para actuar ao vivo no dia 12 de Julho. Pitadas de house, electro, space disco e acid é o que se pode encontrar no álbum de estreia dos Simian Mobile Disco chama-se «Attack Decay Sustain Release» e tem edição prevista para 18 de Junho. As dez faixas são feitas para pista de dança, sim, mas trazem um leque de influências tão variado que vai chamar a atenção dos mais atentos a arranjos e detalhes. As batidas quebradas são a base de quase todas as músicas, com os baixos sempre muito poderosos a acompanhar. O duo surgiu das cinzas dos Simian – quarteto de indie rock/pop psicadélico – formado por James Ford (produtor dos Arctic Monkeys e Klaxons) e James Shaw, e têm dado que falar pelas inúmeras remisturas de canções de artistas como Air, Peaches, Muse e The Go! Team e pelos singlesIt’s the Beat» e «Tits & Acid». «It's the Beat» é o single que aqui vão poder ver. A canção conta com a voz de Ninja dos Go!Team.




www.simianmobiledisco.co.uk
www.myspace.com/simianmobiledisco

quarta-feira, 13 de junho de 2007

Maximalismo - Digitalism


Já falei deles por aqui, é verdade, mas também é verdade que nunca é demais voltar a falar nesta dupla apelidada de novos "Daft Punk". São alemães, oriundos de Hamburgo, Dj's e estiveram presentes na primeira edição do Creamfields Lisboa, no passado dia 19 de Maio e anunciam no myspace o regresso ao nosso país no «Chemical Brothers Live Tour», a 12 de Julho. Quanto a notícias nos media especializados acerca do evento, nada. Chemical, Tiga, Digitalism, Junior Boys, Simian Mobile Disco e !!! são os nomes que fazem parte deste evento "fantasma". Os Digitalism lançaram o seu álbum de estreia, intitulado "Idealism", a 4 de Junho. Combinam Electro, Rock, Punk e Indie obtendo-se algo parecido com Daft punk dai serem apelidados de novos "Daft Punk". Os Digitalism já assinaram remixes para os Klaxons, Tiga, The Presents, Tom Vek, Daft Punk, Cut Copy e Munk. Uma grande dupla a ter em atenção.





segunda-feira, 11 de junho de 2007

Maximalismo - Justice


Durante os próximos dias vamos ver, literalmente falando, um a um os projectos inseridos no Maximalismo.
Para começar, Justice, no myspace é possível ouvir todos os temas que fazem parte do álbum editado hoje.



www.myspace.com/etjusticepourtous

sábado, 9 de junho de 2007

YACHT - "See A Penny (Pick It Up)"



Tenho ouvido esta música insistentemente e não consigo deixar de ouvir, absolutamente fantástica. Verifiquem...





www.teamyacht.com
www.myspace.com/yacht

segunda-feira, 4 de junho de 2007

Maximalismo!!!

Quem me lê neste exacto instante, deve de estar a pensar exactamente isto: “Maximalismo? O que é isto do Maximalismo?”

Maximalismo aparece, de certa forma, em contraponto ao denominado Minimalismo como corrente musical. Onde no Minimal tudo é conceptual, intelectual, tudo muito “less is more”, com o intuito de se criar uma certa introspecção e um certo individualismo dentro de uma pista de dança, no Maximal o que existe é uma festa desbragada, sem qualquer tipo de pretensões intelectuais ou conceptuais, e onde o que se passa na pista de dança é para ser vivido em alegre comunhão entre todos, e onde tudo vale, desde que sirva para divertir a malta.

E quem são estes gajos que provocam em nós, seja através dos temas que produzem, seja através de DJ Sets, tão forte ímpeto festivo? Aqui vos deixo o nome de alguns dos principais “culpados”:

- Justice

- Digitalism

- Simian Mobile Disco

- MSTRKRFT

- Boys Noize/Kid Alex

- Sebastian

- Para One

- Surkin


Nomes estes que se repartem por editoras como a
Ed Banger, a Kitsuné, a Institubes, a Boys Noize ou a Last Gang.

Estes senhores são responsáveis por algumas das maiores bombas que têm arrebentado numa pista de dança perto de si, num “cocktail” explosivo que mistura House, Techno, Electro, Hip-Hop, Rock e outras coisas. Se quisermos entrar numa linguagem mais leiga, poder-se-á dizer que estes senhores produzem uma espécie de Electro-House mais musculado, mais corrosivo, mais “rockeiro”, com alguma distorção á mistura, mas, mesmo assim, acaba por ser redutor descrever o trabalho deles assim desta forma.

Na origem deste fenómeno mais Maximal estão, na minha opinião, coisas como o Mr. Oizo ou os Daft Punk, sobretudo os Daft Punk da era Homework, e, em parte, movimentos nunca tiveram problemas em misturar a Electrónica com o Rock, como o Big Beat, ou, mais recentemente, fusões Rock/Dança provenientes de editoras como a DFA ou de nomes como Vitalic ou os Soulwax/2 Many DJs. Penso até que a receita “anything goes” praticada pela Ed Banger descende um pouco da atitude que estava por detrás de compilações como As Heard On Radio Soulwax, em que tudo era passível de ser misturado, sem qualquer espécie de preconceitos . Voltando aos Daft Punk, a ligação entre eles e esta nova fornada de artistas torna-se ainda mais evidente quando se descobre que o responsável pela editora Ed Banger é Pedro Winter aka Busy P, antigo “manager” dos Daft Punk, e quando um dos responsáveis pela editora Kitsuné, Gildas Loec, foi um dos responsáveis pela editora Roulé, que pertencia a Thomas Bangalter (uma das metades dos Daft Punk). E, nem por acaso, nomes como Digitalism, Justice, Sebastian ou Para One remisturaram temas do último álbum dos Daft Punk. Há até quem diga que todos estes nomes “maximalistas” estão a fazer o que os Daft Punk decerto gostariam de ter feito no álbum Human After All, mas que não conseguiram...


Nomes como Erol Alkan, Soulwax/2 Many DJs, Headman, Mr. Oizo, Trevor Jackson (Playgroup), Alex Gopher, Etiénne de Crécy, DJ Hell ou Tiga também não têm ficado indiferentes a este novo “fenómeno”, desde logo passando e editando temas destes artistas, e também os convidando a participar em noites pelas quais são responsáveis. Aliás, certas produções e/ou remisturas dos Soulwax, do Erol Alkan, do Alex Gopher e até mesmo do Tiga exibem certos traços “maximalistas”, como por exemplo a remistura que os Soulwax fizeram ao Lovelight do Robbie Williams ou o Move My Body de Tiga...E, nem de propósito, o último 12” dos Boys Noize, de nome Erole Attakk, vai ser editado pela Turbo, que é a editora de Tiga...

Associam-se também estes artistas a denominações como Nu-Rave ou Neo-French Touch. Em relação á denominação Nu-Rave, não me parece que seja para ser levada muito a sério, até porque foi uma invenção dos Klaxons (uma banda que faz um Rock bastante dançável, e que tem por hábito fazer versões Rock de antigos temas de música electrónica, como The Bouncer dos Kick Like A Mule, um antigo “hino” da época “rave” inglesa por volta de 1991/92), e porque é uma daquelas designações que o New Musical Express usa na tentativa desesperada de tentar criar mais um “hype”...e até já ofereceram num dos últimos números um cd misturado, de nome Club NME presents Dancefloor Distortion, em que, para além dos Klaxons, aparecem nomes como Digitalism, Sebastian, Para One...e até os Material!!!, etc, isto sob a designação Nu-Rave (apesar de, verdade seja dita, até se ouvirem apontamentos um tanto ou quanto “ravey” neste tipo de sonoridades). Em relação ao Neo-French Touch, ja é mais aceitável, dado que as principais editoras têm sede em França, para não falar da ligação aos Daft Punk e a outros nomes do “French Touch”...acontece é que certos nomes não são franceses...os Digitalism e os Boys Noize/Kid Alex são alemães, os MSTRKRFT são canadianos, e os Simian Mobile Disco são escoceses...

Em certos círculos, este tipo de música e artistas são vistos como uma espécie de “Indie-Dance”, ou seja, música de dança para quem gosta de rock de teor mais independente/alternativo. Aliás, as influências e ligações ao Rock são bastante visíveis, não há como negá-las. E de facto, muitos destes nomes nomes têm remisturado bandas como DFA 1979 (infelizmente já extintos, e um dos MSTRKRFT era também membro desta banda), Bloc Party, Franz Ferdinand, Metric, The Cure, The Futureheads, The Presets, Klaxons, Gossip, Kaiser Chiefs, Wolfmother, entre outros. Mas a verdade é que acho este tipo de pensamento um pouco redutor, pois parece-me que este tipo de sonoridades é bem mais abrangente e seduz bem mais pessoas do que o denominado público “indie”.

Vejo também em certos círculos o intuito de se querer criar uma espécie de guerra Maximal vs Minimal, sobretudo por parte de alguns fãns mais acérrimos do Minimal (e o mais engraçado é que por parte dos produtores e DJs mais ligados ao Minimal nunca vi ou li qualquer comentário contra o denominado Maximal), mas, na minha opinião, é uma guerra que não tem razão de ser. Apesar de os dois estilos, teoricamente, serem incompatíveis, e de supostamente professarem objectivos diferentes, a verdade é que há quem passe coisas dos dois estilos (eu, pelo menos, faço-o, e conheço mais umas quantas pessoas que também o fazem...eheheh...), até porque, felizmente, há quem se dedique a passar música que ache ser de qualidade, não ligando nenhuma a este tipo de guerrinhas estéreis. E tenho notado que em editoras como a Boxer ou a Rekids vão existindo temas que passados antes ou depois de um qualquer tema dos Digitalism, do Para One, dos MSTRKRFT ou do Surkin, não destoariam, estilo o Drug Queen dos Duoteque, o Secret Base de Radio Slave, o Future do Oxia ou o Kill The Disco do Van Rivers...

Para finalizar, vou deixar aqui uma lista de temas que penso serem essenciais para se compreender melhor tudo o que aqui foi dito:

Justice vs Simian – Never Be Alone
Justice – Waters Of Nazareth (tanto o original como a remistura de Erol Alkan) / Let There Be Light
Digitalism – Jupiter Room / Zdarlight
Surkin – Radio Fireworks
Uffie – Ready To Uff (Mr. Oizo Mix)
Simian Mobile Disco – Hustler/ Tits N Acid
Sebastian – Walkman / Ross Ross Ross / Smoking Kills
Boys Noize – Kill The Kid / War
MSTRKRFT – The Looks (LP)
Benjamin Theves - Texas
Para One – Dudun Dun ( tanto o original como as remisturas de Boys Noize & MSTRKRFT) / Epiphanie (LP)
Puzique – There
Bloc Party – Banquet (Boys Noize Mix)
Daft Punk – Technologic (Digitalism Mix)/ Guy Man After All (Justice Mix)

Franz Ferdinand – The Fallen (Justice Mix)

Metric – Monster Hospital (MSTRKRFT Mix)

Tiga – Move My Body / Far From Home ( Digitalism Mix)

Robbie Williams – Lovelight (Soulwax Ravelight Dub)

I Robots – Frau (Boys Noize Mix)

Telex – Do Worry (Kid Alex Mix)
Mr. Oizo – Nazis (Justice Mix
)



Ficam também links para consultarem :
www.edbangerrecords.com
www.kitsune.fr
www.institubes.com
www.boysnoize.com

www.mstrkrft.com


Artigo by Electobot


Artigo gentilmente cedido pelo vizinho
GuerrilhaClub.

domingo, 3 de junho de 2007

Peter, Bjorn & John - Young Folks


Esta música dos suecos Peter, Bjorn & John não me sai da cabeça.


Chicks on Speed - "Wordy Rappinghood"


Esta música já data de 2004 mas não há semana que não a ouça faz parte da minha playlist de fim-de-semana. Este trio verdadeiramente internacional - Kiki Morse (Germany), Melissa Logan (Estados Unidos) e Alex Murray-Leslie (Austrália) - apresenta a pop como a sua expressão artística. Para além da música gerem duas editoras, vendem roupas, e estão ligadas a instalações de arte. Aquando da sua presença em Portugal, no Festival Sudoeste, as Chicks on Speed receberam forte destaque na imprensa especializada. A merecer toda a atenção. Chamo também especial atenção para o single "We Don't Play Guitars".



Chicks on Speed - Wordy Rappinghood (2004)



Chicks on Speed - We don't play guitars (2003)