Maximalismo aparece, de certa forma, em contraponto ao denominado Minimalismo como corrente musical. Onde no Minimal tudo é conceptual, intelectual, tudo muito “less is more”, com o intuito de se criar uma certa introspecção e um certo individualismo dentro de uma pista de dança, no Maximal o que existe é uma festa desbragada, sem qualquer tipo de pretensões intelectuais ou conceptuais, e onde o que se passa na pista de dança é para ser vivido em alegre comunhão entre todos, e onde tudo vale, desde que sirva para divertir a malta.
E quem são estes gajos que provocam em nós, seja através dos temas que produzem, seja através de DJ Sets, tão forte ímpeto festivo? Aqui vos deixo o nome de alguns dos principais “culpados”:
- Justice
- Digitalism
- Simian Mobile Disco
- MSTRKRFT
- Boys Noize/Kid Alex
- Sebastian
- Para One
- Surkin
Nomes estes que se repartem por editoras como a Ed Banger, a Kitsuné, a Institubes, a Boys Noize ou a Last Gang.
Estes senhores são responsáveis por algumas das maiores bombas que têm arrebentado numa pista de dança perto de si, num “cocktail” explosivo que mistura House, Techno, Electro, Hip-Hop, Rock e outras coisas. Se quisermos entrar numa linguagem mais leiga, poder-se-á dizer que estes senhores produzem uma espécie de Electro-House mais musculado, mais corrosivo, mais “rockeiro”, com alguma distorção á mistura, mas, mesmo assim, acaba por ser redutor descrever o trabalho deles assim desta forma.
Na origem deste fenómeno mais Maximal estão, na minha opinião, coisas como o Mr. Oizo ou os Daft Punk, sobretudo os Daft Punk da era Homework, e, em parte, movimentos nunca tiveram problemas em misturar a Electrónica com o Rock, como o Big Beat, ou, mais recentemente, fusões Rock/Dança provenientes de editoras como a DFA ou de nomes como Vitalic ou os Soulwax/2 Many DJs. Penso até que a receita “anything goes” praticada pela Ed Banger descende um pouco da atitude que estava por detrás de compilações como As Heard On Radio Soulwax, em que tudo era passível de ser misturado, sem qualquer espécie de preconceitos . Voltando aos Daft Punk, a ligação entre eles e esta nova fornada de artistas torna-se ainda mais evidente quando se descobre que o responsável pela editora Ed Banger é Pedro Winter aka Busy P, antigo “manager” dos Daft Punk, e quando um dos responsáveis pela editora Kitsuné, Gildas Loec, foi um dos responsáveis pela editora Roulé, que pertencia a Thomas Bangalter (uma das metades dos Daft Punk). E, nem por acaso, nomes como Digitalism, Justice, Sebastian ou Para One remisturaram temas do último álbum dos Daft Punk. Há até quem diga que todos estes nomes “maximalistas” estão a fazer o que os Daft Punk decerto gostariam de ter feito no álbum Human After All, mas que não conseguiram...
Nomes como Erol Alkan, Soulwax/2 Many DJs, Headman, Mr. Oizo, Trevor Jackson (Playgroup), Alex Gopher, Etiénne de Crécy, DJ Hell ou Tiga também não têm ficado indiferentes a este novo “fenómeno”, desde logo passando e editando temas destes artistas, e também os convidando a participar em noites pelas quais são responsáveis. Aliás, certas produções e/ou remisturas dos Soulwax, do Erol Alkan, do Alex Gopher e até mesmo do Tiga exibem certos traços “maximalistas”, como por exemplo a remistura que os Soulwax fizeram ao Lovelight do Robbie Williams ou o Move My Body de Tiga...E, nem de propósito, o último 12” dos Boys Noize, de nome Erole Attakk, vai ser editado pela Turbo, que é a editora de Tiga...
E quem são estes gajos que provocam em nós, seja através dos temas que produzem, seja através de DJ Sets, tão forte ímpeto festivo? Aqui vos deixo o nome de alguns dos principais “culpados”:
- Justice
- Digitalism
- Simian Mobile Disco
- MSTRKRFT
- Boys Noize/Kid Alex
- Sebastian
- Para One
- Surkin
Nomes estes que se repartem por editoras como a Ed Banger, a Kitsuné, a Institubes, a Boys Noize ou a Last Gang.
Estes senhores são responsáveis por algumas das maiores bombas que têm arrebentado numa pista de dança perto de si, num “cocktail” explosivo que mistura House, Techno, Electro, Hip-Hop, Rock e outras coisas. Se quisermos entrar numa linguagem mais leiga, poder-se-á dizer que estes senhores produzem uma espécie de Electro-House mais musculado, mais corrosivo, mais “rockeiro”, com alguma distorção á mistura, mas, mesmo assim, acaba por ser redutor descrever o trabalho deles assim desta forma.
Na origem deste fenómeno mais Maximal estão, na minha opinião, coisas como o Mr. Oizo ou os Daft Punk, sobretudo os Daft Punk da era Homework, e, em parte, movimentos nunca tiveram problemas em misturar a Electrónica com o Rock, como o Big Beat, ou, mais recentemente, fusões Rock/Dança provenientes de editoras como a DFA ou de nomes como Vitalic ou os Soulwax/2 Many DJs. Penso até que a receita “anything goes” praticada pela Ed Banger descende um pouco da atitude que estava por detrás de compilações como As Heard On Radio Soulwax, em que tudo era passível de ser misturado, sem qualquer espécie de preconceitos . Voltando aos Daft Punk, a ligação entre eles e esta nova fornada de artistas torna-se ainda mais evidente quando se descobre que o responsável pela editora Ed Banger é Pedro Winter aka Busy P, antigo “manager” dos Daft Punk, e quando um dos responsáveis pela editora Kitsuné, Gildas Loec, foi um dos responsáveis pela editora Roulé, que pertencia a Thomas Bangalter (uma das metades dos Daft Punk). E, nem por acaso, nomes como Digitalism, Justice, Sebastian ou Para One remisturaram temas do último álbum dos Daft Punk. Há até quem diga que todos estes nomes “maximalistas” estão a fazer o que os Daft Punk decerto gostariam de ter feito no álbum Human After All, mas que não conseguiram...
Nomes como Erol Alkan, Soulwax/2 Many DJs, Headman, Mr. Oizo, Trevor Jackson (Playgroup), Alex Gopher, Etiénne de Crécy, DJ Hell ou Tiga também não têm ficado indiferentes a este novo “fenómeno”, desde logo passando e editando temas destes artistas, e também os convidando a participar em noites pelas quais são responsáveis. Aliás, certas produções e/ou remisturas dos Soulwax, do Erol Alkan, do Alex Gopher e até mesmo do Tiga exibem certos traços “maximalistas”, como por exemplo a remistura que os Soulwax fizeram ao Lovelight do Robbie Williams ou o Move My Body de Tiga...E, nem de propósito, o último 12” dos Boys Noize, de nome Erole Attakk, vai ser editado pela Turbo, que é a editora de Tiga...
Associam-se também estes artistas a denominações como Nu-Rave ou Neo-French Touch. Em relação á denominação Nu-Rave, não me parece que seja para ser levada muito a sério, até porque foi uma invenção dos Klaxons (uma banda que faz um Rock bastante dançável, e que tem por hábito fazer versões Rock de antigos temas de música electrónica, como The Bouncer dos Kick Like A Mule, um antigo “hino” da época “rave” inglesa por volta de 1991/92), e porque é uma daquelas designações que o New Musical Express usa na tentativa desesperada de tentar criar mais um “hype”...e até já ofereceram num dos últimos números um cd misturado, de nome Club NME presents Dancefloor Distortion, em que, para além dos Klaxons, aparecem nomes como Digitalism, Sebastian, Para One...e até os Material!!!, etc, isto sob a designação Nu-Rave (apesar de, verdade seja dita, até se ouvirem apontamentos um tanto ou quanto “ravey” neste tipo de sonoridades). Em relação ao Neo-French Touch, ja é mais aceitável, dado que as principais editoras têm sede em França, para não falar da ligação aos Daft Punk e a outros nomes do “French Touch”...acontece é que certos nomes não são franceses...os Digitalism e os Boys Noize/Kid Alex são alemães, os MSTRKRFT são canadianos, e os Simian Mobile Disco são escoceses...
Em certos círculos, este tipo de música e artistas são vistos como uma espécie de “Indie-Dance”, ou seja, música de dança para quem gosta de rock de teor mais independente/alternativo. Aliás, as influências e ligações ao Rock são bastante visíveis, não há como negá-las. E de facto, muitos destes nomes nomes têm remisturado bandas como DFA 1979 (infelizmente já extintos, e um dos MSTRKRFT era também membro desta banda), Bloc Party, Franz Ferdinand, Metric, The Cure, The Futureheads, The Presets, Klaxons, Gossip, Kaiser Chiefs, Wolfmother, entre outros. Mas a verdade é que acho este tipo de pensamento um pouco redutor, pois parece-me que este tipo de sonoridades é bem mais abrangente e seduz bem mais pessoas do que o denominado público “indie”.
Vejo também em certos círculos o intuito de se querer criar uma espécie de guerra Maximal vs Minimal, sobretudo por parte de alguns fãns mais acérrimos do Minimal (e o mais engraçado é que por parte dos produtores e DJs mais ligados ao Minimal nunca vi ou li qualquer comentário contra o denominado Maximal), mas, na minha opinião, é uma guerra que não tem razão de ser. Apesar de os dois estilos, teoricamente, serem incompatíveis, e de supostamente professarem objectivos diferentes, a verdade é que há quem passe coisas dos dois estilos (eu, pelo menos, faço-o, e conheço mais umas quantas pessoas que também o fazem...eheheh...), até porque, felizmente, há quem se dedique a passar música que ache ser de qualidade, não ligando nenhuma a este tipo de guerrinhas estéreis. E tenho notado que em editoras como a Boxer ou a Rekids vão existindo temas que passados antes ou depois de um qualquer tema dos Digitalism, do Para One, dos MSTRKRFT ou do Surkin, não destoariam, estilo o Drug Queen dos Duoteque, o Secret Base de Radio Slave, o Future do Oxia ou o Kill The Disco do Van Rivers...
Para finalizar, vou deixar aqui uma lista de temas que penso serem essenciais para se compreender melhor tudo o que aqui foi dito:
Ficam também links para consultarem :
www.edbangerrecords.com
www.kitsune.fr
www.institubes.com
www.boysnoize.com
www.mstrkrft.com
Em certos círculos, este tipo de música e artistas são vistos como uma espécie de “Indie-Dance”, ou seja, música de dança para quem gosta de rock de teor mais independente/alternativo. Aliás, as influências e ligações ao Rock são bastante visíveis, não há como negá-las. E de facto, muitos destes nomes nomes têm remisturado bandas como DFA 1979 (infelizmente já extintos, e um dos MSTRKRFT era também membro desta banda), Bloc Party, Franz Ferdinand, Metric, The Cure, The Futureheads, The Presets, Klaxons, Gossip, Kaiser Chiefs, Wolfmother, entre outros. Mas a verdade é que acho este tipo de pensamento um pouco redutor, pois parece-me que este tipo de sonoridades é bem mais abrangente e seduz bem mais pessoas do que o denominado público “indie”.
Vejo também em certos círculos o intuito de se querer criar uma espécie de guerra Maximal vs Minimal, sobretudo por parte de alguns fãns mais acérrimos do Minimal (e o mais engraçado é que por parte dos produtores e DJs mais ligados ao Minimal nunca vi ou li qualquer comentário contra o denominado Maximal), mas, na minha opinião, é uma guerra que não tem razão de ser. Apesar de os dois estilos, teoricamente, serem incompatíveis, e de supostamente professarem objectivos diferentes, a verdade é que há quem passe coisas dos dois estilos (eu, pelo menos, faço-o, e conheço mais umas quantas pessoas que também o fazem...eheheh...), até porque, felizmente, há quem se dedique a passar música que ache ser de qualidade, não ligando nenhuma a este tipo de guerrinhas estéreis. E tenho notado que em editoras como a Boxer ou a Rekids vão existindo temas que passados antes ou depois de um qualquer tema dos Digitalism, do Para One, dos MSTRKRFT ou do Surkin, não destoariam, estilo o Drug Queen dos Duoteque, o Secret Base de Radio Slave, o Future do Oxia ou o Kill The Disco do Van Rivers...
Para finalizar, vou deixar aqui uma lista de temas que penso serem essenciais para se compreender melhor tudo o que aqui foi dito:
Justice vs Simian – Never Be Alone
Justice – Waters Of Nazareth (tanto o original como a remistura de Erol Alkan) / Let There Be Light
Digitalism – Jupiter Room / Zdarlight
Surkin – Radio Fireworks
Uffie – Ready To Uff (Mr. Oizo Mix)
Simian Mobile Disco – Hustler/ Tits N Acid
Sebastian – Walkman / Ross Ross Ross / Smoking Kills
Boys Noize – Kill The Kid / War
MSTRKRFT – The Looks (LP)
Benjamin Theves - Texas
Para One – Dudun Dun ( tanto o original como as remisturas de Boys Noize & MSTRKRFT) / Epiphanie (LP)
Puzique – There
Bloc Party – Banquet (Boys Noize Mix)
Daft Punk – Technologic (Digitalism Mix)/ Guy Man After All (Justice Mix)
Franz Ferdinand – The Fallen (Justice Mix)
Metric – Monster Hospital (MSTRKRFT Mix)
Tiga – Move My Body / Far From Home ( Digitalism Mix)
Robbie Williams – Lovelight (Soulwax Ravelight Dub)
I Robots – Frau (Boys Noize Mix)
Telex – Do Worry (Kid Alex Mix)
Mr. Oizo – Nazis (Justice Mix)
Justice – Waters Of Nazareth (tanto o original como a remistura de Erol Alkan) / Let There Be Light
Digitalism – Jupiter Room / Zdarlight
Surkin – Radio Fireworks
Uffie – Ready To Uff (Mr. Oizo Mix)
Simian Mobile Disco – Hustler/ Tits N Acid
Sebastian – Walkman / Ross Ross Ross / Smoking Kills
Boys Noize – Kill The Kid / War
MSTRKRFT – The Looks (LP)
Benjamin Theves - Texas
Para One – Dudun Dun ( tanto o original como as remisturas de Boys Noize & MSTRKRFT) / Epiphanie (LP)
Puzique – There
Bloc Party – Banquet (Boys Noize Mix)
Daft Punk – Technologic (Digitalism Mix)/ Guy Man After All (Justice Mix)
Franz Ferdinand – The Fallen (Justice Mix)
Metric – Monster Hospital (MSTRKRFT Mix)
Tiga – Move My Body / Far From Home ( Digitalism Mix)
Robbie Williams – Lovelight (Soulwax Ravelight Dub)
I Robots – Frau (Boys Noize Mix)
Telex – Do Worry (Kid Alex Mix)
Mr. Oizo – Nazis (Justice Mix)
Ficam também links para consultarem :
www.edbangerrecords.com
www.kitsune.fr
www.institubes.com
www.boysnoize.com
www.mstrkrft.com
2 comentários:
Ótimo esse texto e ótimas dicas!
Aproveito pra indicar uma entrevista que fiz com o DJ alemão Shir Khan, ele tb se encaixa nesse estilo, eu acho. ;-)
http://www.erikapalomino.com.br/erika2006/lifestyle.php?m=3721
Muito bom o seu blog, vou assinar o RSS.
Thanks :)
--
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